Por Sérgio Bernardo
“Mãe, posso ir catar doces de Cosme e
Damião com meus amigos?”
“Isso é coisa do diabo, menina! Pode, não.
Tem muita roupa dos seus irmãos pra lavar. Já pro tanque. Deus gosta de quem
trabalha.”
E, enquanto esfregava e esfolava as costas
dos dedos, não entendia por que o diabo havia de estar no gosto bom do açúcar e
deus naquela dor misturada com água e sabão.
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