Por
Sérgio Bernardo
O bisturi do metrô cortando
a entranha da cidade
ao parar na estação
despeja do buraco com escadas
formigas com mochila, paletó, salto alto,
ao longo da avenida onde os carros
como besouros suicidas
trafegam sua urgência
movida a gasolina e automatismo,
enquanto sobre a urbe helicópteros
riscam o ar
com o varejeiro voo
de moscas sanguinárias
que se alimentam do substrato
de outros insetos
pisoteados sem culpa.
Perfeita visão de um quadro metropolitano...
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