e ela sonha
ardente por conhecer
os meandros de um 1'só real
e a cada densa
respiração
a cada dança de pupilas
descobre
os limites de uma vida
limite
entre cais da aurora
e o desvio nocturnal'
me
de sombras sonhadas
que de tão amadas
permanecem
até 1'só rubro
amanhecer
em pelo.
Meu coração é o sangue onde sangra o boi, numa estrada de terra. Também sou a pequena rocha onde o lodo verdeja e torna vermelho meus olhos, seus olhos que eram meus. Corpo seu que foi meu e se sentia completo. Naufrágio de todas as esperanças e, ainda assim, uma tristeza que me faz sorrir. Nasce um novo filho. É parecido com um duende sem jardim mágico. Morri tantas vezes que minha morte virou minha vida. Sou as frágeis borboletas brancas que moram na Argentina. E essa vontade de viver.