Por Denise Fernandes
Meu coração é o sangue onde sangra o boi, numa estrada de terra. Também sou a pequena rocha onde o lodo verdeja e torna vermelho meus olhos, seus olhos que eram meus. Corpo seu que foi meu e se sentia completo. Naufrágio de todas as esperanças e, ainda assim, uma tristeza que me faz sorrir. Nasce um novo filho. É parecido com um duende sem jardim mágico. Morri tantas vezes que minha morte virou minha vida. Sou as frágeis borboletas brancas que moram na Argentina. E essa vontade de viver.
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