sexta-feira, 31 de agosto de 2018

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Cá estou

Por Nana Yamada




Cá estou a tentar entender
O que dizem por aí
Sempre há preconceitos
Sempre há olhares
Mesmo nessa cidade tão linda
Nem tudo se resume no que se vê
De uma ponta para outra
Já vivi em lugares diferentes
O sol vai junto com o dia
Percebi que nada percebo
Pois pois...
Finalmente cheguei
Finalmente minha alma agradece
Mesmo que não tenha um lugar perfeito
Cá estou a me encontrar...

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Um prodígio

Por Fabio Ramos




tremor
no
bosque


quando as árvores


partiram
em


caminhada


(...)


do
solo


onde fincaram


suas
raízes


o afastamento


por
escolha


(...)


das alturas


a
vista


panorâmica


dos
pássaros


que
não
se distanciam


um
milímetro


(sequer dos ovos)


no
ninho


(...)


os homens


regam
seus


próprios pés


na
terra


(...)


e aspiram


um
dia


abrir mão


da
flora


substituindo-a


em
suas
funções


(...)


e esquecem


de uma
coisa:


alguém perguntou


para
onde


as árvores foram?

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Para ver-te

Por Remisson Aniceto



Estás inteira dentro em mim.
Basta para tanto um pensamento.
A ilusão da esperança faz-me viver:
a mentira bem contada satisfaz...
Não te vejo há muito, há muito
e muito tempo...
Talvez nunca tenha te visto,
mas minha mente diz o contrário,
insiste com argumentos que a razão
não ousa combater.
Não é preciso que estejas aqui...
O vento acaricia com mãos invisíveis
e és parte dele, atravessando as frinchas,
sussurrando delícias aos meus ouvidos.
Não é preciso que estejas aqui, não...
Para que eu te veja, bastam-me
os olhos do pensamento...


 

É autor de obras como "Poesia Para o Mundo" (Bubok, 2009)
e "Leva-me Contigo, A Senhora S & Outras Histórias" (Penalux, 2016).
Publica seus trabalhos no Recanto das Letras.
 

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

o homem do violão elétrico

Por Ana Paula Perissé




                            o homem do violão
                            conta estrelas comigo
                            pois só estranhos
                            é quem tem olhar para aparições,


                            (sim, só trocamos olhares
                            por trás do vidro)


                            a sorrirem em seu estranho idioma
                            sonatas de estrelas enfurecidas
                            apontavam sua arma,
                            porque sem tua lua
                            sozinha fico como uma página sem porta


                            o homem da guitarra
                            em sua casa em construção
                            desaparece a cada terror
                            noturno de sonhar quases
                            arredio
                            por cada fresta cerrada,
                            em meus cílios, grudado
                            de ressacas vigorosas,
                            nua


                            tem 1´assassino de sonhos
                            a cada respiro
                            sôfrego por céu aberto
                            .
                            descoberto como uma nau de vagabundos
                            a te sorrirem
                            destino longe.

domingo, 26 de agosto de 2018

Rainha

Por Oswaldo Antônio Begiato




Lembro o dia em que
minha mãe Regina,
(porque era Rainha mesmo)
pediu ao padeiro
sacos de trigo vazios.
(Parecia trazer para casa esperanças
que lhe restaram dos tempos de menina).


Em seu tanquinho de cimento
(que lhe roía as unhas e o tempo)
lavou-os bem
e alvejou-os com água sanitária forte.
Com cloro e sabão lhes tirou as letras
azuis e em círculo
que diziam terem eles vindos
da Moinho Santista.
(Os sacos, imensamente brancos,
pareciam pedaços de sua alma santa).


Com linha barata e costuras retas
as mãos repletas de carinho,
as pernas cheias de varizes
e os olhos felizes,
coseu na velha Vigorelli,
máquina de costura preciosa,
camisas raras para todos nós,
seus onze filhos.
(Eram o presente de uma mãe sofrida,
que parecia brincar de ser feliz).


Para as meninas
fez camisas femininas.
Para os meninos
fez camisas masculinas.
Em cada camisa,
no lado esquerdo,
o lado do coração,
colocou um bolso
e dentro do bolso
colocou, em segredo,
o que sonhava
para cada um de nós.
(Enquanto rezava uma prece
que mais parecia uma súplica sonhante).


A mim coube ser sacerdote.
Mas por absoluta falta de vocação
e excesso de desregramentos
fui ser poeta. Poeta menor!
(Na verdade eu queria mesmo é ter me saído
à sua parecença).

sábado, 25 de agosto de 2018

Rosas

Por Meriam Lazaro




Onde perfumam as rosas,
Fere o espinho, há quem diga...
Por detrás da cerca viva.


Serão as flores ardilosas?
As rosas, as margaridas...
Elas que enfeitam a vida.


Morte tem cinza de rosas.
Rosas, fragrância de vida!

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Por quê?

Por Nana Yamada




Por que aparece para sumir?
Por que desperta sentimento se tem medo?
Por que me chama se não vai ficar?
Por que todos os caminhos me levam a ti?
Por que você é tão inexplicável?
Por que esse amor é tão indomável?
Por que você não sai de mim?
Por que toda vez que tento não consigo?
Por que tantos porquês que você não responde?

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Ganância é mato

Por Fabio Ramos




aglomeração


de
camisas
na
gaveta


que você não usa


e nem
doa
pra
ninguém


consequência lógica?


elas criam
mofo


(...)


acúmulo


de
cobertas
no
armário


que você não
utiliza


e
nem
OFERECE


a
quem


mais precisa


o
que
acontece?


elas
criam


(bolor)


(...)


fartura
de
FRUTA
no


cesto


que
você


não saboreia


e
nem
reparte


com vosso irmão


epílogo
certo?


peras e goiabas apodrecem

terça-feira, 21 de agosto de 2018

E se todos tivessem uma educação clássica?

Por Cesar Manieri



Hoje é domingo e domingo pede um cachimbo, então, como não fumo, peguei meu café e, entre um gole e outro, comecei a pensar sobre o motivo dessa profunda crise que nos afeta. Como diretor de uma pequena escola de apoio escolar, comecei a pensar sobre os porquês de estarmos profundamente afetados por uma educação tacanha e que levou nosso país à beira de um colapso econômico e social. Pensei nos motivos que nos deixaram à mercê de uma cultura que destrói a cada dia as coisas admiráveis que foram construídas por séculos e transformam nosso país em um amontoado de gente sem rumo.


Então, idealizei uma nova escola para nossos estudantes fazendo a mim mesmo a seguinte pergunta: e se todos tivessem uma Educação Clássica?


É uma boa pergunta, não é? E como uma boa pergunta merece sempre uma boa resposta, comecei idealizando como essa escola deveria ser para responder a essa intrigante pergunta. Pensei em grandes nomes de nossa civilização: Galileu Galilei, Willian Shakespeare, Charles Darwin, Martin Luther King, Albert Einstein, Thomas Jefferson, entre outros. O que esses grandes nomes teriam em comum? Certamente uma educação clássica.


Tenho certeza absoluta que muitos dos leitores não tem a menor ideia do que esse tipo de educação possa significar. Esclareço que esse foi o método onde muitos dos grandes e mais influentes nomes da história, inclusive os que citei aqui, foram educados.


Eu descobri a educação clássica por influência de um renomado professor, já falecido, chamado José Monir Nasser, que me apresentou postumamente, um livro chamado O Trivium (Gramática, Lógica e Retórica) e O Quadrivium (Álgebra, Arquitetura, Música e Cosmologia)  escrito pela irmã Miriam Josef e um outro livro chamado "A arte de ler" do autor Mortimer Adler. Quanto mais eu lia esses grandes livros, mais eu me convencia que essa deveria ser a educação ideal para as crianças de todo o país.


É um conceito de sucesso histórico comprovado e muitos educadores pelo mundo afora estão redescobrindo esse método como uma das mais efetivas maneiras de se ensinar as crianças.


Como sou pai de duas crianças de 5 e 9 anos, eu e minha esposa nos preocupamos com o tipo de educação que eles recebem fora de casa. Eles estudam em uma escola particular com boa reputação como bolsistas. Mas mesmo essas boas escolas estão sob o rígido controle pedagógico do MEC em matérias como: matemática, ciências, história, língua portuguesa, geografia, filosofia e ensino religioso.


É fácil perceber como os alunos das escolas particulares e estaduais não estão sendo academicamente desafiados e não aprendem os valores que nós consideramos os mais importantes para eles aprenderem. É muito frustrante isso, mas essa frustração faz todo o sentido.


Basta você ver os resultados dos testes destes mesmos alunos, comparados com de outros países e você verá que ocupamos as últimas posições no desempenho em matemática, ciências e leitura. Esses resultados são terríveis! Isso mostra que o ensino da forma como é hoje no Brasil é praticamente irrecuperável.


O país se depara hoje em dia com as dificuldades em contratar profissionais, melhorar o desempenho empresarial e governamental. Além disso, estamos perdendo jovens com grande potencial de sucesso para a violência e as drogas. Então eu me pergunto: quando foi que nossa sociedade se tornou tão repleta de violência que nos levou a perder praticamente nossa humanidade, nossa alma?


A escola que sonho em fundar, é aquela que ofereceria o tipo de educação clássica e que encontraria os pais desejosos desse tipo de ensino: o ensino de uma Escola Clássica. Muitos devem, agora estar se perguntando: "Mas que raios é uma Escola Clássica?"


Aprendi no livro "O Trivium" que a educação clássica começa com 3 matérias ou três estágios de aprendizado: Gramática, Lógica e Retórica. Na gramática o aluno aprende sua língua mãe, como uma ferramenta para entender as outras matérias que virão. Na lógica, ele aplica todos os assuntos aprendidos e, mais tarde, se foca na retórica onde ele aprende a se comunicar adequadamente. Todos esses estágios se integram perfeitamente com a progressão natural do desenvolvimento cognitivo dos alunos.


Nesta escola, os alunos aprenderiam a pensar de forma estruturada, pois crianças aprendem qualquer coisa com muita facilidade. Vejo isso em casa, com meus filhos, que conversam comigo sobre assuntos da literatura e das ciências com muita desenvoltura. Eles nunca se cansam de falar sobre planetas, velocidade da luz, ondas gravitacionais, estrelas de outras galáxias, histórias de reis e conquistadores, a vida de Jesus, histórias clássicas e fábulas.


Um outro aspecto da Educação Clássica, nesta hipotética escola, seria o uso de escritores clássicos logo no início do estágio gramatical. Os clássicos resistiram a ação do tempo. Possuem toda a sabedoria de gerações e são repletos de tanta riqueza de conteúdo que encanta as crianças que adoram lê-los.


Me deparo diariamente com alunos do ensino médio com uma caligrafia horrível e uma péssima compreensão do que leem, não só pela letra ruim que eles não entendem, mas por não saberem ler efetivamente. Na fase Gramatical, nesta escola, ensinaríamos a arte da boa caligrafia, por ela trazer benefícios cognitivos já conhecidos. O ensino do Latim seria parte do currículo. O Latim é a base de TODAS as línguas românicas, base da nossa própria língua. Os alunos que sabem Latim, tendem a apresentar um desempenho muito melhor em provas padrão, e ainda por cima, aprendem outros idiomas modernos com muito mais facilidade.


História é outra parte importante da nossa escola dos sonhos. Ensinaríamos desde a História Antiga até a Moderna sequencialmente, várias e várias vezes durante os 12 anos de estudos dos alunos. Priorizaríamos os estudos dos documentos originais, ao invés de cartilhas e apostilas, assim, os alunos estariam na verdade, lendo o que as próprias pessoas tiveram que pensar e dizer quando da ocasião dos fatos.


E sobre a fase Lógica?
Nessa fase os alunos estão curiosos e vivem perguntando o "porquê" ou "como" disso ou daquilo. Eles estão se tornando argumentativos. O objetivo da fase lógica seria: dar ao estudante uma compreensão profunda das matérias estudadas até aqui. Daríamos aulas de Lógica Formal, onde elas aprenderiam a arte da argumentação, aprenderiam argumentos formais e bem fundamentados reconhecendo falácias lógicas tão comuns nos dias atuais. Neste mesmo período, ensinaríamos aos alunos o processo de como escrever de verdade, tudo isso até o final do ensino médio.


Na fase Retórica, os alunos já estariam mais independentes. Com o que aprenderam eles já formariam suas próprias opiniões e começariam a se "separar" da família. Agora eles teriam as ferramentas dos assuntos e opinião própria, mas o mais importante é que eles entenderiam profundamente esses assuntos. Eles analisariam e sintetizariam as informações, formariam suas próprias opiniões embasadas em fundamentos sólidos, e seriam capazes de comunicar essas opiniões de forma efetiva e persuasiva.


Esse seria o grande tesouro que a nossa Escola Clássica daria aos estudantes. A capacidade de discutir profundamente o que foi estudado, onde eles poderiam aplicar a análise e a síntese imediatamente na vida real. Desenvolveriam argumentos baseados na razão e, depois disso, receberiam um treinamento formal em retórica, onde aprenderiam a arte de escrever e falar de forma articulada e persuasiva. Na Escola Clássica, o ponto mais importante seria que nossos alunos aprenderiam a aprender.


E os valores?
A Escola Clássica abordaria tanto a mente quanto a alma, a integridade do ser (Corpo, Coração, Mente e Espírito). Nutriríamos a alma com os valores e crenças Judaico-Cristãs. Jamais exigiríamos que nossos alunos fossem Cristãos. Os faríamos apenas entender a perspectiva Cristã e seus valores fundamentais. Exporíamos outras tradições de fé e assim eles seriam capazes de compreender outros pontos de vista do mundo.


Para muitos leitores, isso pode parecer fora da realidade atual. Mas sonhos foram feitos para serem sonhados. Estou convencido que se todas as pessoas da minha geração e da geração seguinte a minha tivessem estudado na Escola Clássica, viveríamos hoje em um país muito diferente e menos vulnerável aos mentirosos profissionais de plantão.


Os alunos, expostos a esse método, estariam aptos a frequentar cursos superiores em qualquer país do mundo e teríamos muito mais empreendedores e profissionais qualificados para desenvolver o país que queremos.


Na escola clássica, como dito anteriormente, nossos alunos aprenderiam como se tornar pensadores profundos e a falar de forma persuasiva e articulada, aprenderiam a raciocinar de forma lógica e a escrever bem. Aprenderiam a aprender.


Isso faria com que eles desenvolvessem o respeito pelos outros e por si mesmos, inclusive por aqueles que tem valores e crenças diferentes, mas sem tolerar a destruição das coisas admiráveis que nossa civilização conquistou. Internalizariam seus valores e teriam, com isso, uma orientação correta para tirar conclusões morais. Se tornariam responsáveis, confiáveis e aprenderiam a dar atenção ao mundo à sua volta. Eles desenvolveriam a força de caráter para agir com compaixão.


Agora, vamos voltar à pergunta inicial: como o mundo seria se todos de nossa cultura tivessem uma educação clássica?


Imagine como seria se todos estudassem na Escola Clássica. Pense nessas pessoas atuando nos gabinetes em Brasilia, no Senado Federal, nos governos estaduais, prefeituras, nas empresas, liderando grandes projetos, nos meios de comunicação de todo o país, nos sistemas de ensino, na nossa vizinhança. Como seria a nossa sociedade? Faça uma reflexão.


Cidadãos que saberiam sua história verdadeira, de forma tão profunda que isso evitaria os erros do passado. Cidadãos que tomariam suas decisões baseados na razão e não apenas na emoção, e que reconheceriam as mentiras de modo que não poderiam ser enganados ou manipulados. Cidadãos capazes de expressar seus pensamentos e ideias de forma articulada e convincente através de debates respeitosos, ao invés apenas de denegrir aquele de quem discordamos. Isso seria uma mudança prazerosa no cenário das diferentes áreas da interação social.


Qual o tipo de educação vocês querem que nossos futuros líderes tenham? E seus próprios filhos, a educação escolar que eles recebem hoje, está adequada para a construção do país que queremos? Pense nisso.


Eu sei que a Educação Clássica funciona. Ou vocês acham que a educação atual, que temos nas escolas, é um mero acaso?

É engenheiro, músico, empresário, professor e
especialista em educação matemática.
Também é diretor da escola Integro.
Escreve em seu blog Na Metade do Caminho.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

lucioles

Por Ana Paula Perissé




                                            há uma vida
                                            póstuma
                                            imemorial
                                            que nos ronda
                                            feito lampejos
                                            de vagalumes


                                            (o desejo nos ilumina
                                            em piccole lucioles)


                                            a vida lateja
                                            quando há epiderme
                                            de sentir


                                            pathos
                                            afectos
                                            tesão
                                            em tensão


                                            ( sublimo na veia
                                            o que desejo
                                            em sonhos diurnos...)

domingo, 19 de agosto de 2018

sábado, 18 de agosto de 2018

Sina

Por Meriam Lazaro




Gira o mundo e aqui eu fico
preso à parede em retrato.
Na face oculta me perco,
palhaço em riso nefasto.
Ó silenciosa agonia!
Qualquer curva, qualquer dia,
a amarga sina eu passo.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Português amoroso LXXIII

Por Mayanna Velame




O condor sobrevoa
tuas estrofes...
É a palavra liberdade que retumba,
declamada, entre as correntes
do Navio Negreiro.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Ponta negra

Por Nana Yamada




Ponta mais bela
Quantas lembranças
Quantos momentos
Quantas histórias
Quantas pessoas
Quantos mergulhos
Quantas despedidas
Quantos risos e choros...
Quantas coisas compartilhei
Sol que me aqueceu o ano inteiro
Nunca existiu um dia ruim
Vendo aquelas ondas
Vendo aquelas estrelas
Reggae e parcerias
Na companhia daquele copo gelado
Fumaças pelo ar
Old Five era o lugar
Encontro e reencontro
Dia e noite
Com ou sem vento
Caminhadas até a via costeira
A brisa mais perfeita
Sopro de Deus
Ah, como era fácil se perder
No meio da tranquilidade
Que hoje ficou tão distante...

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Os anticorpos

Por Fabio Ramos




(tampou o ralo)


e
deixou
a torneira pingar:


você
não


APRENDE


(...)


caindo
na


besteira


de
prover:


você não seca


(...)


teu
leite


como novalgina:


você
não
receita


(...)


e
chove


e assim goteja:


você
não


é vacina


mas
que tal
inocular agora?