Por Munique Duarte
Não conte a ninguém
Mas o dia nasceu
Com uma hora a menos
Se você contar a alguém
O dia não será o mesmo
Haverá uma pessoa a menos
No dia em que você nasceu
Eu não contei a ninguém
Não conte a ninguém
Sobre o que conversamos ontem
O dia foi forte
E cheio de sorvetes
Não conte a ninguém
Porque essa uma hora a menos
Do dia imperfeito
É minha salvação
Havia muita gente
Ninguém percebeu
Uma hora a menos
É o de menos
Não posso contar a ninguém
Mas ontem te confessei
Entre sorvetes
O dia nasceu manco
Sem uma hora de sol quente
Então não conte a ninguém
Porque este intervalo
De uma hora
Fez de mim alguém diferente
Guardo segredos de uma hora
Foi ontem
Te confessei
Não conte a ninguém
Em uma hora dá e sobra
Para matar a seco
Os desejos de alguém.
Não conte a ninguém.
Não conte a ninguém.
Nasceu e vive em Santos Dumont/MG. É jornalista responsável pelas publicações de quatro sindicatos em Juiz de Fora. Bloga em Textos Imperdoáveis. Participa da obra Escritos de Amor, lançada pela Casa do Novo Autor Editora, e Poesia e Prosa no Rio de Janeiro, da Taba Cultural. Já colaborou n'O BULE, Sobrecapa Literal, Escrita Criativa (Portugal), Revista Diversos Afins, Jornal Opção, Texto de Garagem, Jornal Relevo, Revista Elis, Revista Pâncreas e Revista O Viés.
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