Por Fabio Ramos
Entrelaça os dedos
Atrás da cabeça
Saber as horas
Dirige-se
Ao relógio de sol
Esquecido
No parque central
Não enxerga
A poça d’água
Onde afunda
Os pés esquerdos
Em dias chuvosos?
À queima roupa
Pegou-lhe desarmado
É mulher
Em seu encalço
No que dizer
Olhou para o céu
E cegou
Transformando-se
Numa estátua de sal
Visitantes
Se perguntam
Quem esculpiu
Aquilo ali
A questão não é o anonimato, mas a intenção do objeto esculturado. E a parte mais fascinante é usar a imaginação tentando decifrar o mistério. Muito bacana, Fábio, grande abraço.
ResponderExcluirPois é! Não importa sobre o que você fala, mas como você fala... E subestimar a imaginação do leitor, dando tudo mastigado, não é aceitável. Tenha um ótimo feriado, Dani!
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