quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Funilaria e Pintura S/A

Por Fabio Ramos




Saiu da oficina
Com uma lista:
No orçamento
Peças para reposição
Mão-de-obra
E material incluso

Pechinchou
Pechinchou
Pechinchou

Quem sabe fazer
Cobra o preço
Quem não sabe
Abre a carteira
E paga

Muitos amassados
Na lataria
Ferrugem
Assoalho quase
Alcançando
O chão

Eis que começa
A modificação:
Marteladas
Poeira da lixadeira
Maçarico e solda
Nos furos
Massa plástica
Lixa de ferro seguida
Pela lixa d’água

Então vem
A pintura geral
Compressor
Barulhento em ação
Tinta e verniz no ar
Remontagem
Por fim
O polimento

Serviço finalizado
Freguês sorrindo
Ao ver automóvel
Como novo de novo

Na hora do pagamento
A choradeira reinicia

4 comentários :

  1. Fábio, amei! Adoro falar de carros! Já vivenciei várias situações parecidas com as que você relatou. Tudo tem um preço para ficar bonito. Gostei da cadência ► pechincha (alegria/choradeira), alegria crescendo c/ a transformação e, por fim, (choradeira/alegria). Carro novo, mas na hora de pagar, ah!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A hora de pagar é sempre a pior parte, Fabiana! E o brasileiro não vive sem pechinchar. Os carros são uma paixão nacional, sem dúvida. Obrigado.

      Excluir
  2. Hahahahaha, comigo será desse mesmo jeitinho também, com uma listinha na mão do mecânico para depois conferir se tudo saiu conforme o meu plano. E a choradeira é perdoável, principalmente se tratando de mulher rs... Beijão, ótima quarta!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Quem tem carro, precisa fazer a manutenção. Mas não é só com mulher que isso acontece: muita gente tem receio de deixar o automóvel com alguém que não saiba o que está fazendo... Só que o bom profissional será sempre valorizado (apesar da choradeira). Beijos, Dani.

      Excluir