Por Rayane Medeiros
A insônia é minha companheira de agora.
Fiel, vaga comigo pela casa
Contemplando, solícita,
O silêncio reprimido que chora.
Veio-me amarga,
Aquecendo-me, gole abaixo, o corpo
despido...
Dilacerando lembranças frias,
A instabilidade infame que já não me
larga.
Fez-me atento, quando a noite me
sorria,
Roubou-me o acalanto –
O roçar convidativo de outros pés.
Fez-me senhor, quando vassalo era o que
queria.
A insônia me fez ausente,
Fugitivo dos braços de Morfeu.
Deixou-me entregue à sorte –
À noite fria que, logo finda,
Adormeceu...
Nenhum comentário :
Postar um comentário