Por
Sérgio Bernardo
Não
é ele que fecha a janela às 6 da tarde: é o dia que o anoitece.
Pelas
frestas das persianas entram na sala os curtos-circuitos do poente.
As
dúvidas da manhã ainda orbitam seu corpo: cada uma delas uma galáxia procurando
universos em volta da poltrona.
Enquanto isso, por distração, zapeia a tevê sem culpa, como quem
espera tropeçar em respostas.
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