Por
Rayane Medeiros
E entre tantas camas,
ficaram os dramas,
Velhos romances previsíveis,
A nódoa amargurada nos lençóis...
Ficaram retalhos de mim em cada recanto,
A desejar um fiapo de linha que os reúna...
Ficou um caco de mim em cada bar,
A derramar o amargor do sangue ébrio.
Fiquei-me em cada esquina,
A procurar-me nos bocejos da noite em despedida...
Fiquei na companhia dos bêbados,
Na perdição dos que sabem viver,
A romper-me extremos,
Tragando a confusão do já não ser.
Fiquei-me dispersa.
Esperando a imprecisão dos dias
vindouros.
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