Por Meriam Lazaro
Quando duas pessoas moram numa casa, e alguma coisa desaparece, uma delas é a culpada. Verdade ou mentira? Aqui em casa é ela: que some com meu batom e aparece toda borrada; que abre a torneira para beber água corrente; que acende a luz para melhor pegar borboletinhas noturnas; que adora destruir papéis e papelões.
Sábado passado, após jejum de doze horas (forçado, é óbvio!), compareci ao laboratório para recolherem uma amostra de meu precioso sangue. Mão remexendo na bolsa, bolsa sendo esvaziada na cadeira... Procurei a requisição e nada. Foi ela! A danadinha deve ter derrubado o papel de cima da mesa, quando tentava afiar suas unhas no arranhador cor-de-rosa.
Voltei para casa fula da vida com a gata, só para encontrá-la enfurnada sob as cobertas da cama – o que é, decididamente, proibido. Procurei no armário, nas gavetas, na penúltima bolsa utilizada e nada. Hora de ligar para o médico e pedir uma nova solicitação. Mas, antes disso, lembrei que sempre tenho (dentro da bolsa) algum livrinho para enfrentar a fila de espera. Dito e feito! Lá estava a requisição, dobrada dentro das crônicas. Eis a mais pura verdade: quando alguma coisa desaparece, numa casa onde moram duas pessoas, a culpa é de uma delas.
Sábado passado, após jejum de doze horas (forçado, é óbvio!), compareci ao laboratório para recolherem uma amostra de meu precioso sangue. Mão remexendo na bolsa, bolsa sendo esvaziada na cadeira... Procurei a requisição e nada. Foi ela! A danadinha deve ter derrubado o papel de cima da mesa, quando tentava afiar suas unhas no arranhador cor-de-rosa.
Voltei para casa fula da vida com a gata, só para encontrá-la enfurnada sob as cobertas da cama – o que é, decididamente, proibido. Procurei no armário, nas gavetas, na penúltima bolsa utilizada e nada. Hora de ligar para o médico e pedir uma nova solicitação. Mas, antes disso, lembrei que sempre tenho (dentro da bolsa) algum livrinho para enfrentar a fila de espera. Dito e feito! Lá estava a requisição, dobrada dentro das crônicas. Eis a mais pura verdade: quando alguma coisa desaparece, numa casa onde moram duas pessoas, a culpa é de uma delas.
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