Por Denise Fernandes
Quando chego ao fundo do meu poço, ele voa.
Magnífico elefante da minha angústia e risonho;
o pássaro azul não conhece tristeza.
Sempre só, ele só sonha
e o mundo é para ele
a vertigem do sonho.
Ele é uma mina de ouro
azul plácida.
Pleno de encantos,
não canta,
não agride,
não impele.
Vinte anos são para ele o mesmo que
um segundo.
Lilás ou verde,
não importam.
Ele não tem passado,
é só futuro,
pássaro da imaginação.
Sem aura, sem risco
um só tom dissonante e agudo.
espelho de mim e buraco.
nem livre, nem absoluto.
Apenas um pássaro sem pensamento,
sem destino.
Um louco oco oportuno
amigo pássaro
sagrado azul.
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