Por Mayanna Velame
Eu nunca sei o que escrever
numa crônica. E desta vez, não será diferente.
Hoje, as palavras estão
quietinhas, mansas, cada uma em seu lugar. Sei que há tantos assuntos em pauta
pelo mundo, que eu poderia muito bem abordá-los por aqui.
No entanto, não quero
pensar em nada, nem muito menos redigir as angústias que assolam a sociedade lá
fora.
O que importa agora é
escutar apenas o meu silêncio. Observar, com minúcias, os movimentos
desenfreados da caneta que escreve frenética, as letras que constroem esta
crônica.
Crônica de uma
cronista, cujos olhos, embora fadigados, cintilam a cada frase gerada pelo seu
malogrado coração.
Escrever me queima os
ossos, me traz mais compaixão e sensibilidade. Faz-me ver o planeta com misericórdia
e esperança. E o melhor disso tudo é acreditar que posso tocar em vidas
espalhadas em lugares que meus pés nunca pisaram ou, quem sabe um dia, ainda
fixarão morada.
Sigo escrevendo, encurralando-me entre palavras para me achar no mundo.
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