Por Ana Paula Perissé
Imagem: Dalila Del Valle |
mesmo idos há gosto em corpo
com poucas chances de vida a ser
(mas há 1´gosto sem gosto em corpo sem lua
corpos sem gosto de vinho, sem safra
indefinido por natureza no gosto da terra
sem vinhedo próprio, território para existir
desse gosto sem corpo sem gosto,
eu não quero)
somos próprios
em gosto puro em cada taça de corpo
derramado em pouco tempo escondido
de gosto em corpos sem territórios
illicita
quase GPSinsano
então há corpo com gosto
de fuga
gosto em equação vespertina
em mistura de2
vertidos em ser
devir de cado gosto em corpo
a se fazer novo
em corpo de outrora que é.
(abertura)
mas ainda, não há gosto sem corpo,
eu afirmo
tampouco corpo sem gosto
quando se perde sua história
de beijos de ambos
1`beijo no tempo
que goteja gostos em corpos com nomes
a ampuleta que nos deixa sem tempos
para sermos
existência´agora.
A existência de corpos em fuga...sempre. Só fica a ampulheta. Teu poema é sempre delicado e persistente.
ResponderExcluirpoesia magistral.
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