Por Érika Batista
Oh, por que você não confessa que o que te atrai é o
romancinho?
O romancinho, sim, a parte mais água-com-açúçar
o “Por quê?” “Porque eu te amo”
“Oh, Maria Roberta...” – “Oh, João Astolfo!”
kiss, kiss, kiss...
Por que temos sempre que achar uma desculpa
uma vernácula genial, uma interessante análise
psico-histórica-sociológica
um estudo de perspectiva inédita e inaudita?
A gente simples gosta da novela... porque é novela.
Por que nós precisamos disfarçar nossa pieguice natural?
“Eu te amo” é uma frase tão linda,
e tão pouco ouvida hoje em dia.
(Pelo menos, significando alguma coisa).
E precisamos procurá-la em livro, comédia insossa e
melodrama.
É essa nossa motivação.
O resto é consequência.
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