domingo, 11 de novembro de 2012

Monólogo - Diálogo - Poliálogo

Por Érika Batista
 
 
 
 
           Oh, por que você não confessa que o que te atrai é o romancinho?
           O romancinho, sim, a parte mais água-com-açúçar
           o “Por quê?” “Porque eu te amo”
           “Oh, Maria Roberta...” – “Oh, João Astolfo!”
           kiss, kiss, kiss...
           Por que temos sempre que achar uma desculpa
           uma vernácula genial, uma interessante análise psico-histórica-sociológica
           um estudo de perspectiva inédita e inaudita?
           A gente simples gosta da novela... porque é novela.
           Por que nós precisamos disfarçar nossa pieguice natural?
           “Eu te amo” é uma frase tão linda,
           e tão pouco ouvida hoje em dia.
           (Pelo menos, significando alguma coisa).
           E precisamos procurá-la em livro, comédia insossa e melodrama.
           É essa nossa motivação.
           O resto é consequência.

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