Por Ana Paula Perissé
sou catadora de palavras
encantadora de absurdos
num céu escuro
sou dark e pálida
quando
meu sangue esvai
em cada verso
oferecido...
sou tua
e sou nada
sou várias
que desconheço
desfaço-me...
sou feto, encurvado
velho
nos galhos de uma árvore ancestral
que me acolhe
como orfã
do poema
que ainda não me vem
tampouco me toma
com o ardor
que te desejo
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