Por Oswaldo Antônio Begiato
Se eu tivesse por escudeiro
Pacífico, o anão
Gordo e desengonçado
E tivesse por Dulcinéia
Madalena dos pacotes,
A catadora de sonhos
Nos lixos da sociedade,
Seríamos
O orgasmo de Cervantes?
Mas como sou Dom sem dons
Em retalhos tupiniquins
Sem escudeiros
E sem Dulcinéias
E luto contra
Usinas de açúcar e álcool
Que me matam de diabetes,
De falta de ar
E me curvam o coração
Na direção da embriaguez
Que desperta minha lucidez,
Serei eu orgasmo?
De quem?
Nenhum comentário :
Postar um comentário