Por Denise Fernandes
O frio temperando nossa espera. Esperamos poesia,
consciência, pequenos milagres. A porta está aberta. É mais que uma questão de
sorte, investimos este tempo nessa busca em alquimia. Busca de uma certa morte.
E encontramos esta porta aberta para o infinito. Dela te vejo repleto de luz,
por ela existiremos sempre e sempre além.
O frio temperando o frio, solvendo a matéria na realidade
de hoje. Coloquei uma blusa bem quente. Você disse que voltaria ainda hoje. Eu
disse: sim, a gente continua. Acho que não sei se posso te falar da porta, se
você entenderia. Olho para ela e sinto a resposta para grandes problemas. Mas
continuo perdida em relação ao detalhe, o enigma da poesia me comove: do que te
falo, do que não te falo.
Avessos ao calor, esse frio trouxe uma noite
maior para nós. Mais próximos, mais no limite de nós, onde nossos corpos se
fundem, e a porta nos conecta ao infinito eterno. Sim conectado a sim.
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