sexta-feira, 12 de junho de 2015

Histórias de amor

Por Mayanna Velame




Histórias de amor não devem começar com “Era uma vez”. Amor não deve ser clichê. Amor tem que ser novidade.


Não se espante. “Contos de fada” não existem. Teu príncipe não é alto, loiro, de olhos azuis. E muito menos é dotado de músculos bem definidos e distribuídos. Não se engane. Sua princesa não é esbelta, desprovida de celulites e gordurinhas localizadas, cabelo bem escovado, pele macia, sem nenhuma mancha, espinha ou cravo.


Conforme-se. Beleza não é sinal de amor, mas o amor é uma beleza. Teu príncipe é aquele sujeito calvo, baixinho e barrigudo. Tua princesa é aquela moça acima do peso – e com esmalte gasto nas unhas.


Amar é aceitar as diferenças. É condescender com as imperfeições de quem amamos. É romper convenções. É doar-se integralmente. Amor é luz no fim do túnel. Porto seguro para náufragos.


Amor é isso... É esperar o telefonema com ansiedade. É declarar (como se fosse a última chance) nossos sentimentos mais sinceros. O monólogo das noites frias de domingo transforma-se num diálogo caloroso e duradouro.


O “Te amo” é grito de paz que ameniza o coração contrito. E é assim que se escreve o amor: sem ponto final. Reticências predominam em sua escrita porque não há um fim. O para sempre é o agora eternizado.

Um comentário :

  1. Professora, que lindo!, porque a sra. nao usa os seus textos nas aulas?

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