sexta-feira, 26 de junho de 2015

Felicidade

Por Mayanna Velame




A gente sempre se pergunta a respeito da felicidade. Se, de fato, ela existe; ou se é apenas uma ilusão humana.


Da aridez da vida, constantemente buscamos respostas para tais indagações. Na verdade, leitor, tão certo como o ar que respiramos, é que não há receita para ser feliz. E se alguém, por acaso, a tivesse ou a descobrisse, com certeza seria a pessoa mais rica do mundo.


Nossa vida não é completa. Talvez seja isso que nos faça sonhar. O sonho nos modela; ofusca, por um momento, a rigidez e a secura da realidade.


O que nos resta, então, é complementar a vida. Jamais teremos uma felicidade total e absoluta. Teremos somente a sua metade. São os atrativos – e as benevolências da vida – que, dia após dia, vão nos preenchendo.


Em suma, felicidade não é a peça que falta ser encaixada no quebra-cabeça. Felicidade é fragmento, retalho. Ela não se esconde, não se oculta, não se omite.


A felicidade está ali: naqueles quilinhos perdidos, na conversa de fim de semana com os amigos, no beijo dado (e recebido) com sinceridade, no almoço de domingo com a família...


Felicidade é contemplar as tardes ensolaradas, e agradecer pela chuva que refresca a terra. É ler o livro que nos arrebata. Felicidade é ligar o rádio e ouvir aquela canção que nos embala. É poder amar sem ressalvas. É viajar, experimentar sabores. Felicidade é ter feriado em plena segunda-feira.


No mais, leitor, felicidade é poder rascunhar essas palavras – e transformá-las nessa crônica feliz.

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