Por Mayanna Velame
A
gente sempre se pergunta a respeito da felicidade. Se, de fato, ela existe; ou
se é apenas uma ilusão humana.
Da
aridez da vida, constantemente buscamos respostas para tais indagações. Na
verdade, leitor, tão certo como o ar que respiramos, é que não há receita para
ser feliz. E se alguém, por acaso, a tivesse ou a descobrisse, com certeza
seria a pessoa mais rica do mundo.
Nossa
vida não é completa. Talvez seja isso que nos faça sonhar. O sonho nos modela;
ofusca, por um momento, a rigidez e a secura da realidade.
O
que nos resta, então, é complementar a vida. Jamais teremos uma felicidade total
e absoluta. Teremos somente a sua metade. São os atrativos – e as benevolências
da vida – que, dia após dia, vão nos preenchendo.
Em
suma, felicidade não é a peça que falta ser encaixada no quebra-cabeça. Felicidade
é fragmento, retalho. Ela não se esconde, não se oculta, não se omite.
A
felicidade está ali: naqueles quilinhos perdidos, na conversa de fim de semana
com os amigos, no beijo dado (e recebido) com sinceridade, no almoço de domingo
com a família...
Felicidade
é contemplar as tardes ensolaradas, e agradecer pela chuva que refresca a
terra. É ler o livro que nos arrebata. Felicidade é ligar o rádio e ouvir
aquela canção que nos embala. É poder amar sem ressalvas. É viajar,
experimentar sabores. Felicidade é ter feriado em plena segunda-feira.
No
mais, leitor, felicidade é poder rascunhar essas palavras – e transformá-las
nessa crônica feliz.
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