Por Ana Paula Perissé
ordeno o inverso
de quase tudo
para fazer emergir
vertigens de nada,
aquele arrepio
à beira de cais,
desfaço ondas
ao sabor de veneno
ébrio
flores e descarrego
sal grosso
e 1`passe
para maldita
eterna-idade
saboroso
espectro
de quem vive
de facto
com a carne
exposta
e dou cara à tapa
ao poema
farsante
sado-masô
em delicioso espelho
a sombras de
seda preta
barata
molhada
ardida
.
.
.
gostosa
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