Por Mayanna Velame
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito
debaixo do céu”. Salomão, o mais sábio dos reis, nunca foi tão preciso
quanto nessa afirmação.
A chuva, o calor, o nascer, o morrer. Todos condicionados
ao tempo certo e devido. Reflito bastante sobre tal passagem. Porém, o que mais
me comove é o tempo de saber partir. O tempo de dizer adeus.
O adeus é inevitável. Cedo ou tarde, vamos nos
evadir da vida de alguém – ou até de nós mesmos.
A verdade é que partimos diariamente. Quem ama
sabe que, muitas vezes, é necessário dizer adeus. Ansiamos por despedidas breves
(como um raio no céu). Mas temos certeza que não é assim: todo adeus é
preenchido com tristeza, dor e mágoa.
Pessoas vêm e vão em nossas vidas. E os amores
que vivenciamos, as amizades seladas, paulatinamente tornam-se fragmentos. Cada
adeus é uma história que escrevemos, e/ou que deixamos de escrever.
Todo adeus traz saudades – e também lembranças.
Lembranças são retalhos que enfeitam nossa
memória.
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