sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Adeus

Por Mayanna Velame

 


“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu”. Salomão, o mais sábio dos reis, nunca foi tão preciso quanto nessa afirmação.
 
A chuva, o calor, o nascer, o morrer. Todos condicionados ao tempo certo e devido. Reflito bastante sobre tal passagem. Porém, o que mais me comove é o tempo de saber partir. O tempo de dizer adeus.
 
O adeus é inevitável. Cedo ou tarde, vamos nos evadir da vida de alguém – ou até de nós mesmos.
 
A verdade é que partimos diariamente. Quem ama sabe que, muitas vezes, é necessário dizer adeus. Ansiamos por despedidas breves (como um raio no céu). Mas temos certeza que não é assim: todo adeus é preenchido com tristeza, dor e mágoa.
 
Pessoas vêm e vão em nossas vidas. E os amores que vivenciamos, as amizades seladas, paulatinamente tornam-se fragmentos. Cada adeus é uma história que escrevemos, e/ou que deixamos de escrever.
 
Todo adeus traz saudades – e também lembranças.
 
Lembranças são retalhos que enfeitam nossa memória.

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