Por Meriam Lazaro
Imagem: Charles Schulz |
Comprei dois livros muito interessantes, com ideias úteis para melhor aproveitamento da leitura. Um deles, Para ler como um escritor, de Francine Prose. O outro, Para ler como um professor, de Thomas C. Foster. Na livraria, no entanto, não encontrei um que ensinasse a escrever como um escritor.
Há quem defenda que não se ensina a ser escritor, pois talento não se
transfere. Ainda assim, os mestres das oficinas literárias concordam que
é desejável o estudo da gramática e técnicas de redação. Faz bem para a
pele não se ruborizar tanto. Por mais talentoso, um jogador não entra
em campo sem conhecer as regras do jogo. Mas
como encontrar a fada da inspiração para que nos mostre onde está o
passe de mágica? O que diriam os cronistas contratados para escrever
diariamente, sobre a famosa inspiração? Talvez o ato de magia diante da
página em branco, seja apenas o da permissão para escrever certo ou
errado. Algumas vezes, só com o tema. Outras, nem isto. Quem sabe, no
último toque da prorrogação da minha vidinha de escrevinhadora, baixe um
espírito desdenhoso para demonstrar que não é bem assim. Até lá, não
duvido do talento dos profissionais que se destacam pelo estilo incomum e
autêntico. Duvido, sim, dos famosos que dizem ter encontrado sucesso na
profissão por acaso, sem nenhum esforço. Aqui vou chutar. Um dos
indicativos de uma boa partida é a posse de bola. Para tornar-se arte,
qualquer talento requer repetição. Escrever, escrever, escrever. Ler,
muito mais!
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