Por Oswaldo Antônio Begiato
O Mestiço, moço, negro, sem camisa e belo,
veio, candidamente, me visitar no museu que construí,
com as coisas recolhidas no sótão de minhas anamneses.
Trouxe-me um cacho de lichias
maduras, docinhas e geladinhas.
Trouxe-o dentro de uma vasta cesta de vime
forrada com um pano de prato prata, bordado à mão.
Tudo interioranamente paulista.
No cartão de visita uma dedicatória e uma lição:
“Não perca seu tempo com santidades nem com sanidades;
as coisas mundanas e insanas é que são inolvidáveis.”
Trouxe-me, pois, essas réstias de esperança
só encontradas no sol e no solo de Brodowski.
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