Por Mayanna Velame
Fazia tempo que eu não
o via. E toda vez que o encontro, meu coração acelera, pulsa, sacoleja de forma
intensa e diferente.
Ele continua imponente,
majestoso, bravo e infinito. Sinto-me encantada por seus mistérios. Sinto-me
encantada por sua voz retumbante, que ecoa, estronda pelos quatro cantos.
É muito bom
reencontrá-lo. Vivenciá-lo e tocá-lo, mesmo que o sinta gélido entre os meus
dedos. Difícil não se embriagar com tua beleza. Sua perfeição é singular. Sua
dança é envolvente, compassada e ritmada.
Se eu pudesse, sempre
estaria ali, contemplando-o, sem me importar com as horas, os dias e a vida.
Passaria momentos infindáveis
esquadrinhando seus movimentos, que levam e trazem lembranças, sonhos, objetos,
comidas, existências. Perco-me em seus caminhos, estremeço na sua fúria. Meus
olhos permanecem desnorteados pela imensidão que se projeta para mim.
Existe um mundo oculto
dentro dele, e pouco me esforço em desvendá-lo. Afinal, teus segredos atiçam a
minha imaginação. A verdade é que muitos o adoram. E a poesia está na sua cor,
na saudade daqueles que partiram ao seu chamado.
Ele sempre estará lá.
Ora sendo cenário, ora sendo protagonista notável. Que seu beijo, áspero e
frio, fique impregnado em meus lábios (e nos poros da minha pele). Sei que, mansamente,
sua aparência crispada cede espaço para a lisura cristalina que o forma. Tê-lo
em minhas pequenas mãos é impossível. Ele é imensurável. Reflete o cintilar das
estrelas, namora a lua. De dia, recolhe os raios do Sol para se tornar mais
belo. Ele é inspiração para os apaixonados. Ele é a estrada viva dos homens
desbravadores. Ele é... O mar.
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