Por Mayanna Velame
Meninos correm soltos pelo quintal,
as roupas continuam secas, penduradas no varal.
É uma manhã tétrica de verão...
Todas as portas e janelas estão abertas,
mas os passos estão sem direção.
Num céu que parece quase azul...
Nuvens gigantes se rebelam, sendo lançadas rumo ao
Sul.
E o vento hostil sopra sem cessar.
Jogando contra o peito...
Folhas secas que me fazem chorar.
Eu escrevo versos para ninguém.
E minhas letras deformadas...
Se escondem e se revelam nas noites cálidas.
O tempo rompe e tudo agora se desfaz
em pretérito e presente.
Mas, no futuro, almejo a paz...
Eu escrevo versos para alguém...
Que segure minhas mãos enterradas,
E faça-me sorrir feliz...
Nas tardes mais solitárias.
Teu rosto é rascunho perfeito para os meus versos.
Entre a noite e o dia...
Escrevo teu nome com as estrelas do universo...
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