Por Oswaldo Antônio Begiato
Tem coisas que sei de ti que não sabes que sei
Porque teus versos te deixam rasa e ao avesso;
E eu, cúmplice de pássaros azuis, não preciso que me reveles
A doce poesia que deixa o mundo muito pequeno.
Mudas e mudas sempre, mas sempre brotas rosa,
E sem que publiques teu sabor, sei que és mel
Que a abelha operária apurou, o universo abençoou
E as flores espalharam para minha pele amaciar.
Não sei se tudo isso é confuso ou se é poesia;
Ou se é falta ou excesso de sensibilidade,
Mas este teu fetiche me deixa encantado em um sonho
eterno
(só beijos previsíveis podem me despertar).
E eu rio das provocações brancas e ternas
Que correm se esconder em meus ouvidos,
E finjo que são mesmo segredos,
Os segredos que nunca me contas.
Sei que achas que te acho o que não és
E que te chamarei pelo nome de um desejo;
Mas na verdade, busco-te na esperança de que sejas
A estrela menina que eu nunca pude ver.
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