Por Denise Fernandes
Domingo à tarde,
Deixa-me.
Que deixo me deixares.
Deita-me quieta,
Aquieta-me na teia
da Terra. É este planeta
Que me tateia
E me deseja.
É teu toque que me diz:
Talvez.
Talvez um dia, uma tarde,
talvez outro dia.
Mas o tempo não reparte a dor
Não divide o desejo:
Dá-me tudo.
Entenda-me.
Acerte.
Aceite: este domingo de traição
de trauma,
é só um dia,
um tempo
no infinito.
Uma tragada,
uma adivinhação,
uma noitada.
E outra tragada.
Adeus.
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