domingo, 5 de maio de 2013

O Tríplice Amor

Por Érika Batista

  

Três cores de amores
Matizes fugazes
Contendem em meu peito.
Mas a um deles somente
Minha mente consente
Que ali se assente.
Eu não me deleito
E grito, em conflito,
o coração aflito.
Um grito pra dentro
pro centro
pro âmago da dor
Ah, se esse tal de amor
pudesse simplesmente
assim, de repente
Acabar!
Me sinto dormente, doente.
É tão surpreendente
Que essa vertente quase me rebente
Tendo me invadido clandestinamente.
Matar-me a razão foi sua ação.
Um regime tal crime
estabeleceu:
A divisão da paixão
Em três pavimentos
para os sentimentos
cuja intensidade
ainda não discerni.
Eu, enquanto isso
procuro uma cura
(ou espero a loucura).
Quem sabe uma delas
Com suas mazelas
me restituirá o viço
e a liberdade.
 
 

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