domingo, 17 de março de 2013

Monotonia

Por Érika Batista
 
 


Parei de evitar o inevitável
Desisti de aperfeiçoar o imperfeito
Resolvi não mais corrigir o errado
Decidi não me importar com problemas sem solução
Não esquentar a cabeça com o futuro da nação
Pensava só no almoço do dia de hoje
O amanhã... quem sabe? Quem se importa?
Vivia a minha vida e deixava os outros em paz
Desisti de ensinar o que tinha dificuldades
De todos os obstáculos, desviei
Vivia uma rotina sem fim
Um tédio, uma monotonia
Micos, não pagava mais – apenas contas no banco
Não experimentei aventuras
Nem as procurei mais
Situações constrangedoras, estavam longe de mim!
Eu era o cúmulo da “normalidade”
Mas, curiosamente, o contrário da felicidade
Realmente, parei de sofrer
Porém... em consequência...
Só sobrevivia! Parei de viver.

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