Por Fabio Ramos
Acode, menino
Mais rápido que uma piscadela
Sente no rabo do cometa
E vá ligeiro
Atrás do papa, dos vizinhos,
De quem você quiser
Só não me venha com extintor
Reúna o que for inflamável
Pois o deus fogo tem fome
E como forma de oferenda,
Alimente as labaredas com
A mobília do lar;
Fazendo-as serpentear
Entre os tapetes orientais
E a cama dos pecados
Pelo que há de mais sagrado,
eu lhe peço:
Vá logo, criatura,
antes que a chama poética se apague
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