Por Denise Fernandes
Reflexos revelam
no ar na água na terra
a densa serenidade
de fevereiro,
o pó varrido de dentro de nossas casas.
Haverá um deserto para cada um
com seu próprio lixo.
É a essência do carma,
um destino feito de ações.
Há um fevereiro abençoado
por Oxalá:
esse planeta que flutua
no infinito Caos
não é seguro.
É a essência da Morte,
a matéria e o Movimento.
Quais os sonhos que sonhados
nos trarão a deliciosa sensação
de toda a eternidade?
Aqui olhamos para o Abismo:
nos dias que nos traem
nas luzes que carregam
as esperanças como nuvens.
Se ainda suspiramos
é porque pensamos:
é a essência da Essência,
estamos destilando a realidade,
o vento que não vem em fevereiro
algumas sombras e outros retratos.
O que fomos, o que somos
seremos sempre.
Há uma não metáfora:
por isso sei que vocês me entendem.
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