Por Denise Fernandes
Só a solidão de abril tem a ternura
de mandar essas nuvens inquietas
que abrigam e protegem as almas.
Haverá silêncio na eternidade ou
só nos entremeios de abril esse
silêncio das aves, esse último voo
no escuro: esse abrir de asas no
infinito...
Estou pousada ou esquecida aqui?
Espero a nova sinfonia
um luar que arda nos poros e
nos faça dançar.
Há um sertão perto do meu mar
flores novas e muitas pessoas dormindo
o sono dos justos.
Tem cheiro de bolo, água fervendo para o chá.
A vida abriu essas fendas de bondade onde
brota água fresca todo dia.
O paraíso é um espaço aberto
a escolha é Nossa
Senhora e cor.
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