Por Oswaldo Antônio Begiato
Levai,
ó vento, levai
as folhas secas
de lá pra cá,
de cá pra lá,
assim como
o tempo leva,
as horas inúteis,
de cá pra lá,
de lá pra cá,
incansavelmente.
Levai,
ó tempo, levai
meu viver fatigado
para outras garras,
por outros amores,
assim como
o vento leva
o pó de minha carne
para outras terras,
por outros mares,
irremediavelmente.
Levai,
ó vento, levai,
pelos cordéis do tempo,
os movimentos desajeitados
de meu corpo já exaurido pela dor
para bem longe dos olhos
de minha gente;
para bem longe da história.
Levai, ó vento, levai.
Levai, ó tempo, levai.
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