sábado, 29 de agosto de 2020

A lira das horas

Por Meriam Lazaro




No espelho além do tempo
encontro mar coração,
ouço o murmúrio do vento
ferir acalanto e paixão.


Toco a lira das horas
escorrendo pelas mãos
na poesia de quem chora
deserto e inspiração.


Persigo amor e tormento
em calma contradição,
sou abandono e lamento
em papéis sem tradução.


Ao som de um violino
navego a imensidão,
vago mundo sem destino,
estrela e constelação.


Fragrância de um jasmineiro,
saudade, rio e solidão...
Daquela, meu amor primeiro,
que hoje é luz e canção.

Nenhum comentário :

Postar um comentário