Por Daniella Caruso Gandra
Somos simultâneos à medida que pontuamos. Nos espaços
que por ora nos habituamos, exclamamos, como se por um fio estivéssemos; para
sonorizar o que por dentro pausamos.
Nas incertezas que lado a lado, aos poucos, interrogamos,
nem sempre ao encontro do que esperamos, pois, ansiosos, à estaca zero
retornamos.
É quase sem querer: somos levados a compreender que não
tem por que substantivar o que nos é característico. É só um jeito de ser,
muito camarada, pouco rasteiro, mas ainda frágil, já que se rompe fácil.
Embora estejamos constantemente raciocinando, é na emoção
onde mais nos gostamos. Por prazer, atenção prestamos. De que adianta viver de
queixumes, sem enfeitar com flores os rios que transbordamos?
E a cada dia, nas rasas mortes que vivenciamos, como
sentinelas, vamos acomodando o bem e o mal. Por dentro e por fora. Aprendendo a
incluir o amargo nos momentos doces. Neutralizando o que fomos ontem.
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