domingo, 6 de março de 2016

Que esperança!

Por Oswaldo Antônio Begiato




Um dia ainda reviverei,
Com o meu cotovelo em ângulo oblíquo,
O quadro que Picasso nunca despertou.


Um dia ainda tocarei,
Com o meu joelho em linha paralela,
As coxas que Sophia Loren nunca ocultou.


Um dia ainda grafitarei,
Com a unha encravada de meu polegar,
O soneto que Florbela nunca terminou.


Um dia ainda sorverei,
Com as veias tortas de minha alma,
O amor que teu pulsar nunca desvelou.

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