Por Meriam
Lazaro
Porque a poesia
só se completa aos olhos de quem lê. Não é da alma daquele que a palavra se
apossou (para vir ao mundo) de que fala a poesia. Sua verdade surge nova a cada
vez que se toma do tempo um minuto para olhar além do cansaço.
Poesia não ocupa
espaço na mente. Assim como vem, faz rir ou chorar. A poesia se dissolve; só
trazendo, de quando em quando, o sentimento sem palavras.
Incrível é que,
mesmo aquele que costuma rabiscar por aí versos e poemas, não tem o hábito de
ler livros de poetas. Nas prateleiras das livrarias, as obras de poesia ocupam
pouco espaço, perdidos que ficam no meio de outros livros.
A predileção dos
leitores é mesmo pela leitura de prosa. E tudo bem. Mas será que, mesmo na
prosa, buscamos ler autores independentes, experimentamos novos estilos, temos
livros de cabeceira para releituras ou, quem sabe, até nos arriscamos a
escrever um conto?
Editores não
perdem tempo com novos autores – não sendo esses de outros meios artísticos
conhecidos do público. Compreensível, uma vez que a poesia nem sempre põe pão
na mesa nem dos chamados “escritores de verdade”.
Uma pena, pois, neste momento, em que o ódio
corre solto pelas veias, a dúvida para com o rumo verde e amarelo de nosso País
nos divide. Bom seria que os olhares encontrassem refúgio na beleza da arte
poética.
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