sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Amarguras de setembro

Por Mayanna Velame




Setembro sempre foi visto como apocalíptico. Parece que todas as mazelas do mundo ocorrem nesse nono mês do ano. Promessas de um meteoro que se chocaria com a Terra e destruiria o planeta em 2015 renderam inúmeras manchetes. Sem falar nas previsões de Nostradamus e no fim do calendário maia. Apesar disso, cá estamos nós, vivos!


Quando o assunto é a extinção do mundo, talvez o ser humano sempre tenha fruído. É um tema intrigante e bizarro. O que acontecerá, no porvir, chacoalha os neurônios que nos restam. A volta de Jesus – ou a condenação dos que irão arder no fogo do inferno – são teses recorrentes ao tratarmos sobre o fim de tudo.


E o fim, leitor, de fato virá. Ele não marca data, e nem anuncia sua chegada. O fim está dentro de cada um.


Ele acontece diariamente, quando destruímos nossos sonhos, desprezamos o amor e deixamos o medo neutralizar sentimentos. O fim está em nossas decepções. Na mágoa que sobrecarrega o coração. Na desilusão de quem nos machuca. Temos medo de viver. É, leitor, o fim nos sucumbe.


Quem sabe o mundo jamais termine em chamas (como muitos proferem); até porque calor e catástrofes naturais sempre existiram, e sempre existirão.


O homem, desde a gênese, exala violência, rancor, ódio, inveja. Afinal, Caim não matou Abel? Será que o ser humano mudaria em pleno século XXI – no instante em que suas armas são mais modernas e avançadas?


Difícil prever o que nos espera. O futuro é fruto do que se planta no presente. E há aqueles que dizem: “Veremos fome, mais guerra, mais desemprego, mais injustiça, mais desgraça”. Para que pensar no amanhã? Se não somos capazes de, ao menos, rabiscar alguns borrões de felicidade...

Um comentário :

  1. Olá. Daniella!
    Até mesmo o fim de todas coisas servem para nos inspirar.
    Grata pela sua leitura de sempre!
    Abraços,
    Mayanna

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