Por Meriam Lazaro
As palavras foram embora. Lembro-me ainda quando vieram em frases
quebradas, rimas metidas a versos. Uma profusão a ser dita, pouco
importando o instrumento. Primeiro papel: diários, frases, sonhos e tudo
mais se misturavam aos desenhos e colagens de figuras, tecidos, coisas
sem importância. Depois, pingavam rápidas na tela proferidas por boca
invisível. Uma aqui outra ali veio a escassez diante do prolixo novo
mundo. O branco preferível ao dígito. Com o silêncio veio o ponto. Em
relevo ou alinhavo crescem hastes, margaridas, floreiras em rococó,
grilhão português... No tecido há cruz e sombra.
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