Por Denise Fernandes
Na vitrola, toca Janis Joplin.
Sinto saudades, mas já não há mais tempo
Nem fantasmas.
Apenas o pólen de sempre fazendo
Você espirrar.
No mural, tem uma foto sua
e você está linda.
Sinto o Tempo, mas falta todo o resto.
A página em branco onde você está nua
e eu também.
Morreremos como índias
Nessa terra que se desfaz
em lixo, esgoto e cerveja.
Lutaremos como luas,
astros constantes e distantes
e amaremos, como o disco que se repete,
essa música lunar
e uma esperança sutil.
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