Por Meriam Lazaro
Sou árvore, sou semente
do bem e do mal em mim.
Sou tarde clara, nascente de águas turvas sem fim.
Eis que em minhas veias germina tudo-tudo que preciso...
O mal que tenho - e isto eu duvido - precioso brilha em mim.
Só quero o bem e o riso, contentamento sem fim!
No solo fecundas raízes se alimentam do lodo,
têm na dor as diretrizes
que ao sol se abrem em flor.
Esta flor, rara em beleza, é flor que o mal sustentou,
pra não sucumbir à correnteza com muitas garras lutou.
Passou o tempo da infância e a incerteza vingou.
Na mocidade a bonança foi flor que logo murchou.
Hoje é caminho do meio, passos do bem e do mal,
sabe a altura da certeza e da tristeza abissal.
Se renego, por destreza, parte desta semente,
firo o germe, mato a planta, a beleza de ser gente.
Na semente a humilde forma de ser gente!
ResponderExcluirEnfim, és uma mulher em toda a sua plenitude. Um beijo de zélia
ResponderExcluirGrata, queridos amigos Emmanuel e Zélia. Não sei o que é melhor: escrever ou ser lida por corações tão atenciosos. Na dúvida, fico com ambos os prazeres. Abraços, Meriam
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