Por Denise Fernandes
A dor percorreu meu corpo
como um Deus da morte por perto.
Como é difícil viver,
a sorte está ou não,
nem isso sabemos ao certo.
Faço de mim palavras, rever,
gestos, algo além do corpo.
Faço de mim espera, gravidez,
e poço, canteiro de flores,
espuma do mar, vento da tarde
para tecer em mim a avidez
um bom remédio para todas as dores
o silêncio entre nós ainda arde
sovo com as mãos o mesmo pão.
Para sempre a dor
e o seu grito de dor
na minha memória, flor
vermelha, branca, de toda cor
Medo espinho, medo medo, suor
E aquele pedido humilde amor
me
tira meu Deus essa dor.
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