Por
Rosimeire Soares
“O
poeta é um fingidor...” Já dizia Fernando Pessoa.
Mas
sabe o que tenho percebido?
Tentaram
inventar outros fingidores.
O
poeta é o único ser que não finge quando está fingindo.
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é o poeta no mundo moderno.
É
frio.
O
poeta realmente sente as próprias dores e as dores do mundo.
Ele
realmente se importa com o que vê e principalmente com o que sente.
Ele
parece o único que vê beleza no feio e mais importante: vê o feio onde tudo
teima em parecer tão belo.
Será
esse o ofício do poeta?
O
poeta tem ofício?
O
poeta é só um fingidor...
O
poeta sente o cheiro das águas em pleno deserto.
Ele
diz a verdade quando finge sentir calor na frieza dos seres modernos e nativos
da tecnologia.
Só
o poeta finge.
Nem
avatar,
Nem
perfil algum
Tem
poder de ser tão verdadeiro quando só quer fugir e assim fingir que quer dizer
a verdade.
Fingimento,
só isso!
O
poeta finge e é real.
Fingir
é a realidade de quem busca ser verdadeiro...
E
a dor que “deveras sente”?
Chega
a fingir que é dor o poeta fingidor...
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é o poeta sem cor.
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