Por Sérgio Bernardo
na cama de todo dia
estender a colcha
deitar em decúbito ventral
pegar a caneta
e o bloco de anotações
sobre a mesa de cabeceira
não pensar em ligação telefônica
cena de melodrama
nem uma carta ou mesmo
bilhete de despedida
apenas uns vinte e poucos versos
como uma janela aberta
matar-se dentro do poema
Nenhum comentário :
Postar um comentário