sábado, 6 de março de 2021

Silêncios da alma

Por Meriam Lazaro




Em silencioso amor te observo,
eu que vivi tanta beleza,
hoje te escuto e sinto sem eivo,
disfarço-me em natureza.


Sou a tormenta que encapela
o mar em sua grandeza.
Sou o sereno em tua face bela
que do amor te dá a certeza.


Nada mais sou que o infinito
nas asas do passarinho,
aquele sonho mais que perfeito
de leveza em teu caminho.


Dos versos que te redimem
sou o sopro do vento eterno,
nuvens brancas que definem
no céu o azul sempiterno.


As árvores que te sombreiam
da terra retiram o seu vigor,
assim os frutos que semeiam
em ti todo o meu amor.


Em silencioso amor te observo
Disfarço-me em natureza…

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