sábado, 18 de março de 2017

Trabalhos de amor perdidos

Por Meriam Lazaro




O título do livro se deve a uma trapalhada amorosa entre o Rei de Navarra (Ferdinando, com seus três amigos) e a Princesa da França, com suas três amigas.


Comédia muito divertida, com início num pacto firmado por Ferdinando e seus amigos, onde se comprometem a permanecer durante três anos em celibato; alimentando-se poucos dias por semana, com restrição de sono e abstenção de bebidas alcoólicas – mas sempre com bom ânimo para melhor aproveitamento dos estudos.


Ocorre que, antes do pacto, havia um compromisso entre dois reinos, pelo qual a Princesa da França viria estabelecer uma aliança com Navarra (com possibilidades matrimoniais). Palavra de rei não volta atrás, ficando, assim, decidido que a Princesa e as amigas ficariam alojadas a uma distância regulamentar do castelo; para não comprometer o pacto.


Naturalmente, elas eram muito bonitas. Já que o pacto proíbe outro tipo de aproximação, os nobres enamorados decidem enviar suas declarações amorosas por cartas, com direito a poesias e louvores rasgados às beldades.


A Princesa fica sabendo do pacto, mas resolve se divertir – trocando os destinatários e remetentes das cartas. Por causa dessa confusão, nenhum namoro dá certo; ficando perdido todo o trabalho dos nobres moços.


Shakespeare aproveita para fazer críticas à vaidade intelectual e à bajulação que é feita à beleza e à inteligência. Leitura leve e deliciosa.


Livro: Trabalhos de amor perdidos
Autor: William Shakespeare
Editora: L&PM Pocket

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