Por Ana Paula Perissé
É com clemência
que vos peço
perdão
por entorpecer o poema
com dores de vida
minha.
Enquanto espero a prosa
amadurecer-me
peco
com singularidades existenciais
simulacros de poema
sem forma
unicidade múltipla
sem ardor de húmus
humano.
Não!
A poeisis não é veículo
(emuliente)
para catarsis
de vida sincera.
Peco e vos peço
de novo
bailando por frases sem alma
um perdão barroco
ao vosso caos.
( retiro o tango do CD)
"A poesia não é veículo...." ela simplesmente "é". Ana Paula tocando o ser, ou seus semblantes. Maravilhoso.
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