sábado, 27 de fevereiro de 2016

Vento

Por Meriam Lazaro




Vento frio do passado
trouxe chuva ainda agora,
assoviou no telhado,
quebrou telhas, foi-se embora.


Será ele o mesmo vento
que lambeu ondas da praia
e depois, ergueu sedento,
das moças, as belas saias?


A flauta que sopra, mansa,
as folhas em redemoinho,
veio evocar lembranças
de um vento menininho.


Vento leva-me contigo
pra ser tua asa, teu par.
Vento, eu corro perigo
de, sem ti, não mais voar.

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